AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Em Entrevista Com… Ana Paula Carneiro


Ana Paula Carneiro ou Ana Paula Fanfics, como é mais conhecida aqui no blog, aceitou dar-me uma pequena entrevista para que assim possamos ver o mundo através dos seus olhos.

Ana Paula Carneiro é autora de inúmeras fanfics, dentro as quais estão A Voz De Um Anjo e Scorpius – Mata-me De Prazer.


O que dizem os teus olhos?
Pra quem os vê ou o que eu vejo através deles? (risos) Ah, não sei... acredito que os olhos são as portas da alma, mas são poucos aqueles que sabem desvendar os segredos de um olhar. O meu, por exemplo, pode dizer muita coisa. Minha história toda está por detrás de meus olhos. Pra quem sabe ver, eu conto muita coisa com um simples olhar...
 
Se tivesses que escolher 7 palavras para te descreveres, quais seriam?
Só sete? Ok... vamos lá. Hum... persistente seria uma delas. Determinada, descontraída, curiosa, misteriosa (que mulher não é?), insana... tem mais uma, não é? Hum... acho que vou deixar essa à imaginação, já que cada um tem seu parecer sobre tudo o que conhece, incluindo as pessoas.
 
Quando é que começas-te a escrever?
Acho que sempre escrevi. De início, era o amor pela leitura. Assim que aprendi a ler, comecei a ler tudo o que podia ser lido; até mesmo rótulos e receitas (risos). Então, quando surgia a oportunidade na escola, eu escrevia. E tudo o que eu escrevia era bem recebido; pois tudo, tudo, eu escrevia com o coração. Amava fazer redações escolares, ao contrário de todos os meus colegas. Quando as redações não eram mais suficiente, passei a rabiscar em casa mesmo. Escrevi muita coisa inútil... só comecei a me afincar e a amadurecer na escrita depois que conheci o mundo fanfiction e decidi escrever por lá.
 
Quais são para ti, os ingredientes básicos de uma história?
O autor deve conhecer e compreender cada personagem criado por ele. Compreendendo os personagens, o autor pode colocá-los no ambiente que quiser; qualquer que seja sua escolha, a história se desenvolverá por si só.
“O segredo é não amarrar a narrativa, deixando que ela crie asas e voe pra onde bem entender. Quando escrevo, nunca faço planos. E quando essa vontade é mais forte do que minhas convicções, acabo usando nada das coisas que pensei (risos).
“A boa história é aquela que tem vida própria. É aquela leitura com a qual você se identifica; amando ou odiando, você considera os personagens como pessoas e não como simples ficção. Pra mim, isso é uma boa história.
Em que é que te inspiras para escrever as tuas fanfics?
Eu sonho muito, muito mesmo. Como minha irmã Raquel costuma dizer, só eu tenho sonhos tão loucos. Boa parte de minhas fanfics fizeram parte de meus sonhos antes de finalmente serem transcritas para o word. Outras, eu li algo de que gostei e, assim, acabou nascendo uma ideia no fundo de minha mente; essa ideia cresceu, tomou forma e não mais pôde ser controlada. E ainda existem os insigths; de repente, do nada, surge uma ideia.
“Vou tomar como exemplo The Art of The Lie, Cartas de um Amor Proibido e The Killer – Sombras do Passado.
“Com The Art, eu sonhei; apesar de ter sido apenas algumas cenas bem confusas, acordei com a ideia formada. Daí foi só começar a desenvolver que a narrativa adquiriu vida própria, se prolongando até a atual 3² Temporada.
“Já com Cartas, eu havia lido uma fanfic do gênero, já que o tema é um tanto quanto batido. E, antes que eu pudesse perceber, lá estava a ideia, comichando. Quando percebi, estava rascunhando o primeiro texto erótico que Bella escrevia pensando em seu professor Edward Cullen. Daí por diante, a história se desenrolou. E eu nem mesmo tentei contê-la, já que esse esforço é mesmo inútil.
“Com The Killer, foi o insight. Eu estava no trabalho quando, do nada, me veio a ideia. Simplesmente corri até o caderno que eu sempre carregava comigo e rabisquei aquele esboço. Depois, desenvolvi a ideia que, além da fanfic, me inspirou a escrever um livro (ainda em fase de produção).
“Enfim, minhas inspirações são diversas. Sou uma pessoa sensível, então tudo pode me inspirar.
Consideras que em tudo o que escreves-te até aqui há sempre “um pedaço de ti”?
Não me considero uma escritora madura (ainda há muito o que percorrer), mas acredito que o que faço é algo parecido com arte (risos). Então, como toda arte, minha alma está naquilo que escrevo. Não construo personagens principais que são uma réplica da minha pessoa, mas coloco sim um pouco de mim em cada história que escrevo.
“Não precisa ser uma característica física, moral ou qualquer coisa do gênero. Pode ser um pensamento... algo que o leitor nem mesmo perceberá se não estiver atento. Procuro sempre construir personagens diferentes a cada história, então eles acabam não se parecendo muito comigo. E também não são aquilo que eu gostaria de ser, antes que alguém suponha isso (risos).
Há alguma fanfic que consideres a tua principal (aquela que consideras que surgiu o teu expoente máximo)? Se sim, qual e de onde surgiu a ideia?
Sim, há. Poucas pessoas leram tal fic, mas é uma que tenho em alta conta. Foi rápida, mas foi intensa. E eu a considero como uma criação inspirada pelos deuses, tamanho o sentimento envolvido na trama. É tudo muito intenso... até hoje, sempre que releio, choro ao ler. Seu nome é Antes que Meus Olhos se Fechem e é uma short-fic muito curta. A ideia comichou em minha mente durante um bom tempo, mas eu não sabia como desenvolver. De todas as formas que eu colocasse no papel, não ficava bom; não condizia com o espírito da coisa. Até que, finalmente, cheguei à essa short-fic e fiquei imensamente satisfeita com o resultado.
 
Scorpius – Mata-me de Prazer é uma fanfic com um tema fora do comum. Quando estivestes a escreve-la, alguma vez pensas-te em desistir por causa da opinião das outras pessoas?
Não, não; jamais! Algumas pessoas, durante o desenrolar da trama, tentaram me fazer mudar isso ou aquilo, mas me recusei. Não que eu seja orgulhosa ou algo do gênero. Apenas acredito que a história está com o autor; dentro dele, está o começo, o meio e o final de cada uma de suas histórias. Às vezes, é algo fora de nós que nos inspira, mas a essência da história sempre estará em nós. E é por isso que me recuso a mudar o rumo de uma história só por que esse ou aquele quer.
“Além de ser uma temática polêmica (sexo, sexo e mais sexo), uma amiga minha até mesmo comentou que eu ousei ao construir um romance tão diferente entre os protagonistas (sério, quase fui morta no último capítulo da fanfic, antes do epílogo), eu ainda dei características e um fim nada louvável a mais de um dos personagens amados por tantos fãs da Saga Twi. Só depois que ela citou isso que parei pra pensar... mas não me arrependi do que tinha feito. Acredito que fiz um bom trabalho com o pouco que tinha.
 
A Voz de Um Anjo é outra das tuas fanfics com um tema que nos faz pensar. A ligação entre paciente/enfermeira foi tão levada ao máximo que nos fez leitores suspirar, chorar, etc. Onde é que foste encontrar inspiração para escreve-la? Alguma experiência próxima de ti?
A Voz de um Anjo foi concebida em um insight. Apesar de eu não ter seguido carreira, cursei 1 ano e meio do curso técnico em Enfermagem. E foi em uma aula que a ideia nasceu. Eu tinha começado a escrever há pouquíssimo tempo e já levava duas fanfics nas costas, apesar do pouquíssimo tempo do qual dispunha (essas fanfics eram Ironia do Destino, minha primeiríssima fanfic, e No Limite do Sobrenatural, uma das minhas poucas que não são de Twilight). Aí, do nada, enquanto eu tentava não dormir na sala de aula, a ideia me veio. Rabisquei o esboço de um enredo e, assim que cheguei em casa, escrevi o primeiro capítulo. Graças ao pouco tempo disponível, os capítulos eram mínimos. Só no fim da fanfic foi que eu trabalhei alguns dias mais em cada capítulo, fazendo-os um pouco maiores e mais elaborados.
 
Para quem a Ana Paula escreve?
Ana Paula escreve para o mundo em uma tentativa de não enlouquecer com as ideias que comicham em sua mente. Poucas pessoas sabem disso, mas sou hiperativa. Não por fora, mas sim por dentro; minha mente trabalha, em média, três vezes mais do que a maioria das pessoas. Assim, se eu não escrever, voltarei a pensar nas histórias enquanto tento dormir (que era o que eu fazia quando não escrevia), deixando que elas se desenrolem em minha mente como uma espécie de filme. E aí serão mais e mais noites de insônia. Escrever, de repente, se tornou grande parte do que sou.
 
O mundo está aos teus pés quando…
Ah, não sei dizer. Tudo o que posso falar quanto a isso é que, quando escrevo, de certa forma eu entendo melhor as pessoas e o mundo que me cerca. Escrever sobre problemas e traumas alheios me ajudou a compreender melhor as pessoas. Assim, de certa forma, o mundo não fica aos meus pés; sou eu que fico aos pés do mundo de alguém. Fictício ou não... quem pode saber?
 
Daqui a 20 anos vou…
... provavelmente estar casada, sem filhos (se Deus quiser) e escrevendo profissionalmente. Esse é meu grande sonho; ganhar dinheiro fazendo o que mais gosto (risos). Não pelo dinheiro, claro, mas sim pela paixão.
 
Ana Paula é uma pessoa em busca de…
... respostas. Sempre fui curiosa. Sempre, sempre fiz perguntas que ninguém mais sequer pensava em fazer; assim, ninguém tinha as respostas pras minhas eternas dúvidas. Escrevendo, além de compreender melhor o mundo e as pessoas que me cercam, eu também acabo sanando muitas de minhas dúvidas. E ganhando mais três em troca (risos).
“Ana Paula está em uma longa jornada de busca. Ela certamente busca por respostas, sendo que a maior parte delas são relacionadas a ela mesma. Por que é verdade que podemos compreender o outro mais facilmente do que podemos nos compreender.
“Eu ainda não me compreendi. Nem mesmo um terço de mim pode ser explicado ou compreendido. Portanto, enquanto ainda houver uma única pergunta sem resposta, escreverei. Enquanto existir algo em mim a ser explicado ou compreendido, mas não houver meios pra tal, continuarei escrevendo.
“Então é correto afirmar que, enquanto houver vida em mim, continuarei a espalhar histórias por aí. E, quem sabe, até mesmo quando eu partir, não continuarei a inspirar novos escritores?

Um comentário:

  1. gostaria de ler mais uma vez "cartas de um amor proibido" mais foi excluída do nyah. Como faço para encontrar? meu email é elaine_bdeoliveira.com

    ResponderExcluir

Expresse sua opinião e incentive a autora! O que achou deste capítulo?